quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cá estou eu, passado tanto tempo. Na verdade, as coisas que acontecem na minha vida não são nada de extraordinário e que mereça a pena serem divulgadas... Enfim, tudo continua na mesma. Quer dizer, continuo uma "tola", como alguém gosta de me lembrar que sou e, se calhar, é uma grande verdade porque já faz tempo que aquilo que mais me põe para baixo se passou e o velho ditado diz que não vale a pena chorar sobre o leite derramado.
Mas a verdade é que não consigo esquecer certas situações, não consigo, pura e simplesmente, apagá-las da minha memória porque faltam pequenas peças de encaixe, para que tudo fique suficientemente claro e coerente.
Depois, há a ausência que, por vezes, parece a melhor solução, apesar de haver aquela saudade crescente, à medida que os dias vão passando e, no momento em quê?
Para trazer a dúvida e a tristeza novamente. Para me fazer reviver mais uma vez tudo aquilo que parecia ter-se guardado numa pequenina gaveta, que estava escondida num pequeno canto, onde não fosse fácil aceder. No entanto, parece que nada resulta. Nunca nada dá certo, como deveria ser. Além de tudo isto, existem outras coisas a atormentar-me sobre ass quais me custa falar abertamente e, talvez por isso, às vezes pareça que vou enlouquecer. Sim, pois a falta de capacidade para me abrir e exprimir tudo aquilo que se vai passando pela minha cabeça quase que me leva a um desespero total.
Sinceramente, não sei mais que faça. Já admite que preciso de ajuda, que preciso de apoio. Só não sei de que forma o vou receber, de todo!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tão pequena que sou, tão insignificante neste mundo imenso... Sim, assim sou eu. Alguém que ainda não descobriu a sua verdadeira essência, o propósito pelo qual ainda aqui permaneço.
Sinceramente, sinto que não o vou encontrar porque já foi tanto o que perdi que medo de conquistar novamente fala mais alto que qualquer outra coisa...
É esse medo permanente que me tem dominado e que me leva a picos de tristeza como nunca antes havia sentido, aqueles momentos de solidão, em que só me apetece gritar, chorar, pois a angústia, a sensação de perda é um sentimento crescente. A cada dia que vai passando, aquilo que vou perdendo torna-se mais marcante e mais influente. Mais um medo é acrescentado, e a vontade de lutar desaparece novamente.
Acho que não mereço seja o que for e, então, penso qual será a finalidade de lutar para o que quer que seja. É duro, sim, bastante duro. Mas é algo com que eu tenho que lidar, só ainda não aprendi muito bem como o fazer, mas hei-de aprender, mais tarde ou mais cedo!

domingo, 5 de julho de 2009

Alguns meses se passaram, desde a última vez que aqui escrevi.
Na verdade, tudo continua igual e poucas são as coisas que tenho para relatar. Gostava de puder dizer que está tudo bem, que estou bem. Mas, na verdade, parece que as coisas pioram a cada dia que passa. Sinto uma enorme tristeza e um vazio que não consigo explicar, sinto-me tão mais só quanto mais rodeada de pessoas estou. Parece que a liberdade me chegou às mãos e, de certa forma, eu não a sei aproveitar, e não consigo explicar-me. Melhor, nem sequer entender o porquê eu consigo.
Há muito tempo que isto acontece, tempo esse que tem sido um desperdício. Tempo que tenho gasto com pensamentos que não me levam a lado algum, apenas me arrastam para um abismo, cada vez mais fundo. Neste momento, estou a viver uma fase de transição, ou melhor, a prestar provas para avançar para o nível seguinte e essa é só mais uma das minhas preocupações. Tenho um medo tremendo de não conseguir alcançar os meus objectivos. Medo de desapontar as pessoas que me rodeiam e que me apoiam desde sempre e, por isso, há uma pressão crescente. Sei que elas não exigem tanto de mim. Quem mais de mim exige, sou eu própria, mas porque sei que a vida está rodeada de dificuldades, tenho a plena consciência que a minha mãe faz das tripas coração para dar-me aquilo que ela não teve e para me ajudar a alcançar um futuro melhor. É da minha responsabilidade lutar para que isso aconteça e, assim, enervo-me quando estou tão perto e fico apavorada, só de pensar que não vou conseguir entrar. É terrível pensar nisso!
Além de tudo isto, vem a velha história, aquela que não me sai da cabeça, nem por um só momento. Talvez agora não vá falar sobre esse assunto, até porque estou convencida de que já nem palavras tenho para exprimir todas as emoções que me invadem, cada vez que penso ou que me lembro dele, daquela forma. Não sou capaz de evitá-lo e só sofro por isso.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Tudo parece tão mais estranho, a cada dia que passa. Sinto-me confusa e sem saber o que fazer, como devo agir. Não percebo o porquê das coisas acontecerem assim, não entendo a forma de agir das pessoas que me rodeiam e, depois, parece que estou condicionada a uma determinada situação. Estou atada de pés e mãos, dou quando e quanto me é permitido dar. Recebo aquilo que, de quando em vez, lá aparece, mas que, assim de súbito, me soa a estranho e, quem sabe, um pouco a falso. Parece que é tudo tão forçado. Há um gesto de carinho entre duas pessoas que ainda não conseguiram sentar-se para conversar, ainda não deixaram de lado aquelas divergências que mais se acentuam. É isso que falta e, talvez por isso, é que cada momento em que se resolve dar algo, soa a falso, soa-me a mim a tristeza, porque sei que aquilo é de momento e, no entanto há tanto por esclarecer... situações que necessitam de uma longa conversa. Não é algo que se esclareça assim. Todas as vezes que tento fazer com que essa conversa acontecer, penso se realmente valerá a pena, penso que, se calhar, as coisas não se vão modificar e depois, há demasiado orgulho à mistura, pelo menos assim me parece. E, por outro lado, sinto que a pessoa que me parecia de uma forma, afinal tem maneiras de agir totalmente contrárias e isso vai-se reflectir, independentemente de tudo o resto.Às vezes penso como é possível enganar-me assim. Será que é realmente um engano ou será que me enganei muito mais de um mero engano em relação a uma pessoa?Isto faz-me sofrer a cada dia que passa. Não suporto presenciar alguns comportamentos e ainda não entendi bem o porquê e, depois, parece que há coisas que faço que provocam um efeito contrário e não queria de todo fazê-lo. Não mesmo!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Três dias que estou em casa, três dias se passaram e serviram para perceber que, na verdade, os amigos que tenho nem sequer se lembram que eu existo. É difícil dizer isto, mas tenho consciência que é a mais pura das verdades. Mas também não são só os amigos, uma das pessoas que mais gosto faz, repetidamente, o mesmo. Lembra-se de mim quando necessita de alguma coisa, lembra-se de perguntar por mim quando há trabalho que possa ser eu a executar.
Depois a pessoa que eu tinha como minha melhor amiga, onde está? Parece que algo lhe disse que eu não estava a passar um bom momento e a primeira coisa que fez foi virar-me as costas, arranjou alguém para o lugar de melhor amiga porque, afinal, parece ser uma coisa bem fácil de fazer para ela. É fácil arranjar substitutos, por isso, para quê preocupar-se com os que vai deixando para trás, de nada importam, nada servem!
Parece que a minha vida está condenada a ser um uso dos outros e, quando já não têm qualquer uso a dar, deitam fora, como se fosse um monte de lixo!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

É estranha a forma como o dia-a-dia decorre, é estranho viver sem falar num dia e, no dia a seguir, fala-se com a pessoa como se nada se passasse. De facto, há tantas coisas que não entendo e para as quais tento encontrar uma razão lógica. Procuro explicações para perceber certas situações...
Bem, também é verdade que vamos olhando para trás e vamos pensando que, se tivessemos mudado algo, se tivessemos escrito uma página de uma forma diferente, talvez o que adveio desse momento fosse diferente também. Na verdade, não consigo deixar de pensar assim, é-me complicado juntar todas as peças de um puzzle, onde entram pessoas tão importantes, para puder justificar cada acto, cada gesto. Gestos esses que agora me parece que foram irreflectidos, foram atitudes precipitadas. Faltam peças a um quebra-cabeças que nunca deixará de um ser, pois já não tenho capacidade de descodificar mais informações. A cada dia que passa, surge uma nova ideia, um novo pensamento que pode alterar tudo o resto. Então, páro e volto a pensar, descodifico mais um pouco da mensagem que me é transmitida e procuro entendê-la, mas lá me deparo com algo que não encaixa em lado nenhum, uma peça que caiu sabe-se lá donde e fica ali, entre as outras, sem lugar onde caiba. E lá volta tudo ao início, volto a baralhar cada peça e cada ideia em rolinhos, que vou tentando desenrolar, um de cada vez, cada coisa a seu tempo e vou fazendo isto sucessivamente. Já lá vai algum tempo desde que faço isso, tempo demasiado para poder chegar à conclusão de que há certas coisas para as quais não há uma explicação lógica de todo. E, por mais que me faça confusão haver uma peça solta, cujo lugar precisa de ser encontrado, resta-me aceitar. No entanto, isso não tem sido nada fácil, não consigo simplesmente aceitar que não existe lugar para aquilo, é impossível aquilo ser compreendido. Provoca em mim uma sensação de que algo me falta, não vou conseguir continuar um caminho, nem pensar em coisas futuras, se passaram situações para as quais tenho algo ainda a dizer.
Depois, sinto-me um pouco estranha e sinto-me triste com tudo isto. Pergunto-me tantas vezes porque será que as coisas têm de ser assim, qual o motivo de tomar sempre as decisões contrárias, porque razão fazemos tudo ao contrário daquilo que as pessoas que nos querem bem nos dizem. Não compreendo!
Também não compreendo amizades feitas de interesse. É confuso ver alguém que diz ser o melhor amigo e, no entanto, no momento que a pessoa mais precisa, exactamente no momento em que o suposto melhor amigo resolve virar as costas e entregar a pessoa à própria sorte. Quando precisa, sabe voltar, sabe pedir seja o que for, sem se preocupar em perguntar se a pessoa está bem, se está mal. É indiferente! Pior que isso é a burrice da pessoa que continua a fazer o que o suposto melhor amigo quer e porquê? Talvez porque gosta demasiado da pessoa e, pura e simplesmente, não é capaz de lhe virar as costas quando ela pede. Só por isso.
Mas certos momentos, dá vontade de largar tudo e desaparecer para bem longe, para um lugar onde ninguém nos conheça, um lugar longe deste onde só vejo pessoas que se magoam a todos os momento, onde tudo que acontece acaba sempre por trazer sofrimento a alguém. É triste pensar nisto e o que me magoa mais é pensar que também já houve situações em que, por mais que as intenções fossem as melhores, acabei por magoar pessoas que gosto...