segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tão pequena que sou, tão insignificante neste mundo imenso... Sim, assim sou eu. Alguém que ainda não descobriu a sua verdadeira essência, o propósito pelo qual ainda aqui permaneço.
Sinceramente, sinto que não o vou encontrar porque já foi tanto o que perdi que medo de conquistar novamente fala mais alto que qualquer outra coisa...
É esse medo permanente que me tem dominado e que me leva a picos de tristeza como nunca antes havia sentido, aqueles momentos de solidão, em que só me apetece gritar, chorar, pois a angústia, a sensação de perda é um sentimento crescente. A cada dia que vai passando, aquilo que vou perdendo torna-se mais marcante e mais influente. Mais um medo é acrescentado, e a vontade de lutar desaparece novamente.
Acho que não mereço seja o que for e, então, penso qual será a finalidade de lutar para o que quer que seja. É duro, sim, bastante duro. Mas é algo com que eu tenho que lidar, só ainda não aprendi muito bem como o fazer, mas hei-de aprender, mais tarde ou mais cedo!

domingo, 5 de julho de 2009

Alguns meses se passaram, desde a última vez que aqui escrevi.
Na verdade, tudo continua igual e poucas são as coisas que tenho para relatar. Gostava de puder dizer que está tudo bem, que estou bem. Mas, na verdade, parece que as coisas pioram a cada dia que passa. Sinto uma enorme tristeza e um vazio que não consigo explicar, sinto-me tão mais só quanto mais rodeada de pessoas estou. Parece que a liberdade me chegou às mãos e, de certa forma, eu não a sei aproveitar, e não consigo explicar-me. Melhor, nem sequer entender o porquê eu consigo.
Há muito tempo que isto acontece, tempo esse que tem sido um desperdício. Tempo que tenho gasto com pensamentos que não me levam a lado algum, apenas me arrastam para um abismo, cada vez mais fundo. Neste momento, estou a viver uma fase de transição, ou melhor, a prestar provas para avançar para o nível seguinte e essa é só mais uma das minhas preocupações. Tenho um medo tremendo de não conseguir alcançar os meus objectivos. Medo de desapontar as pessoas que me rodeiam e que me apoiam desde sempre e, por isso, há uma pressão crescente. Sei que elas não exigem tanto de mim. Quem mais de mim exige, sou eu própria, mas porque sei que a vida está rodeada de dificuldades, tenho a plena consciência que a minha mãe faz das tripas coração para dar-me aquilo que ela não teve e para me ajudar a alcançar um futuro melhor. É da minha responsabilidade lutar para que isso aconteça e, assim, enervo-me quando estou tão perto e fico apavorada, só de pensar que não vou conseguir entrar. É terrível pensar nisso!
Além de tudo isto, vem a velha história, aquela que não me sai da cabeça, nem por um só momento. Talvez agora não vá falar sobre esse assunto, até porque estou convencida de que já nem palavras tenho para exprimir todas as emoções que me invadem, cada vez que penso ou que me lembro dele, daquela forma. Não sou capaz de evitá-lo e só sofro por isso.