quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Neste momento tenho vontade de pedir socorro... Estou perdida numa pequena grande selva!
Já lá vai um mês desde que começaram as aulas, cheguei a esta turma um pouco caída de para quedas e o que é facto é que me sinto cada vez mais desintegrada, por muito que o tempo passa. Não há nada como a turma de origem, que nos acolhe, desde o momento que chegámos a um sítio diferente e nos abre os braços para nos sentirmos como se estivéssemos em casa. Aqui e agora, deixei de me sentir bem com as pessoas com quem tem de partilhar uns meros metros quadrados de uma sala de aula. Estas são diferentes, um pouco estranhas até porque qualquer coisa que surja é logo motivo para começarem a "disparatar" uns com os outros, e não falam... Gritam!
Pois bem, parece que cheguei a uma turma de loucos. Mas tudo bem, de momento vou-me aguentando e vou tentado sobreviver a cada atentado que surge por aquelas bandas. Por outro lado, tenho outras situações mais incomodativas, que me têm perturbado durante estes últimos dias. A verdade é que já não vou a casa a algum tempo e isso começa a interferir com a minha capacidade de "raciocínio racional", mas o facto é que estou desorientada, não sei para que lado me vire. Estou preocupada, angustiada até. Escusado será dizer que daqui a sete horas tenho uma frequência e não consigo dormir. Em primeiro lugar vem a possibilidade de este ano não ter direito à bolsa, o que não é uma perspectiva muito agradável tendo em vista os próximos tempos por aqui e, a acrescentar isso, vêm as despesas que a minha mãe por minha causa, lá na minha bela cidade, é o carro, é o curso de inglês, que ainda não fiz, mas tem de ser pago. É esta concentração de coisas para a minha mãe pagar que me atormenta, sobretudo porque sou responsável pela maioria delas. À parte disso, está o meu medo cada vez mais crescente de não ser capaz de tirar este curso, medo de falhar, de chumbar e de desiludir a minha mãe, que tanto se tem esforçado por minha causa. Maior medo do que esse só o facto de estar mais avançada no curso e chegar à conclusão de que se calhar não era bem isto que eu queria, se calhar não vou ser capaz de concretizar algumas acções de enfermagem. E depois? Como é que vou dizer isso à minha mãe? Como é que lhe explico isto tudo? Como é que a faço entender estes meus pânicos que vêm e vão? Como?
Não sei muito bem, mas depois da frequência (daqui a 7 horas), vou para casa, passados dois fins-de-semana aqui desterrada e quero ter uma conversa com ela sobre, explicar-lhe a minha frustração, a minha tristeza quando, muitas das vezes, falo com ela ao telefone, pois sei que do outro lado está a mulher que se sacrifica todos os dias por mim, se levanta às sete da manhã e sai de casa para voltar a entrar só às sete da tarde, e eu aqui, com medo de desperdiçar tudo, de não ser capaz de concretizar, de levar o curso até ao fim... Meu Deus! O que faço eu?
Queria tanto ir-me embora para perto de casa, estar em casa, com ela, com a minha avó, mas não sei até que ponto isso me é possível...

sábado, 2 de outubro de 2010

Basta apenas um nick no msn para eu perceber que estou a ser uma autentica idiota!
Afinal de contas, parece-me que já uma "substituta" para ele fazer sorrir, para conversar, para partilhar momentos... Isso quer dizer, tal como eu tenho vindo a pensar, que sou uma carta fora do baralho, nem sequer pensa em mim, se estou ou não bem. E eu, o que faço?
Parva que sou, continuo a pensar nele, a amá-lo tal como no primeiro dia e que tudo isto despoletou.Preocupo-me se ele está bem, se está tudo bem e não recebo nada em troca. De nada vale a dedicação de uma pessoa, quando essa dedicação não recebe nem uma palavra, nem que seja só um simples Obrigado. Já teria um grande significado para mim, seria especial porque seria ele a proferir essas palavras. Mas não, o que ele mais fez foi brincar comigo o tempo todo, com aquilo que eu sentia, manipulou tudo o que dizia respeito à minha amizade com ele e, um dia, acordou e pensou - "Já não preciso dela para nada, tenho mas é que descartá-la!" E assim foi, como se fosse uma embalagem qualquer de super mercado vazia que já não tem qualquer utilidade e a única solução é deitá-la fora!
Dói pensar desta forma, mas é a derradeira explicação que encontro para este "Adeus" tão estranho como foi e, na realidade, devo pensar desta forma, para encarar a situação doutra forma, procurar esquecê-la definitivamente.
Sei que já o repeti vezes sem conta, mas é muito fácil estar aqui a dizê-lo, só que no meu dia-a-dia e principalmente porque passo muito tempo sozinha, o meu pensamento é sempre direccionada para ele, mesmo involuntariamente porque foi ele quem me fez muita companhia, com quem partilhei muitas coisas que não partilhei com mais ninguém, ajudou-me quando estive triste, assim como eu o amparei quando ele se sentiu mais em baixo e, nesse momento de fragilidade, não só dele, mas de ambos, acabei por me apaixonar. No entanto, nada foi como imaginava que podia ter sido, cada um tomou o seu rumo, sem que me apercebesse do que realmente aconteceu, daquela mudança repentina e radical, do dia para a noite deixou de me falar. E eu?
Continuo irremediavelmente apaixonada, sem o conseguir esquecer e continuo a procurar, dentro de mim, uma justificação lógica e que tenha algum sentido na minha cabeça. Porém, sinto que está na altura de mudar, de procurar algo novo e de deixar para trás esta história que, para uma das partes, está mais que encerrada... Vou fazer o maior esforço da minha vida porque cada vez que falo disto, só tenho vontade de chorar... Fico com tudo atravessado na garganta, já nem lágrimas existem para derramar!...